Segundo
Mclnnes (1999), surdocegueira é uma deficiência única que muitos indivíduos com
surdocegueira congênita adquirida precocemente possuem deficiência associadas
tais como físicas e intelectuais.
Para
Mc Innes (1999), as pessoas que têm surdocegueira apresentam dificuldades em
observar e imitar comportamento de pessoas que venham a ter contato, ocasionado
pelas perdas visuais e auditivas. Com isso, surgem as técnicas “mão-sobre-mão”
[Mão sobre mão: a mão do professor é colocada em cima da mão do aluno, de forma
a orientar o seu movimento, o professor tem o controle da situação] ou a “mão
sob mão” [Mão sob mão: a mão do professor é colocada embaixo da mão do aluno de
modo a orientar o seu movimento, mas não a controla, convida a pessoa com
deficiência a explorar com segurança], que são importantes estratégias de
intervenção que permitem a comunicação com a criança com surdocegueira.
A
pessoa com surdocegueira deverá ser estimulada a usar a visão e a audição
residuais, como também os outros sentidos remanescentes por meio de informações
sensoriais necessários que provoquem sua curiosidade. É fundamental a
necessidade de uma pessoa para mediar e trazer informações de maneira integral
e coerente.
Os
sistemas de comunicação devem ser adquiridos para que a pessoa com
surdocegueira responda significativamente ao meio ambiente e o avanço nas
estratégias de desenvolvimento levem menos tempo para ocorrer.
O
ambiente necessita ser adequadamente organizado e planejado, a fim de
possibilitar a interação da pessoa com surdocegueira com outras pessoas e
objetos. Isso facilita as pessoas com surdocegueira a realizar antecipações e a
realizar suas escolhas.
Segundo
a Lei 7.853, de 24 de outubro de 1989, deficiência múltipla é a associação de
duas ou mais deficiências primárias (intelectual/visual/auditiva/física) no
mesmo indivíduo que acarretam sérias consequência no seu desenvolvimento global
e na sua capacidade adaptativa.
Conforme
Orelove e Sobsey (2000), os indivíduos com deficiência múltipla apresentam
acentuados comprometimentos cognitivo, associados às alterações no domínio
motor ou no domínio sensorial (visão ou audição), onde necessita de apoio
permanente ou de cuidados de saúde específicos.
As
necessidades da pessoa com deficiência múltipla, segundo Nunes (2002), podem
ser agrupadas em três etapas:
- Necessidades
físicas e médicas da pessoa com deficiência múltipla: as limitações sensoriais,
a postura e a mobilidade, as convulsões, controle respiratório e pulmonar,
problemas com deglutição e mastigação e saúde mais frágil com pouca resistência
física.
- Necessidades
emocionais de: afeto, atenção, oportunidade de interagir com o meio e com o
outro, desenvolver relações sociais e afetivas, estabelecer uma relação de
confiança.
- Necessidades
educativas devido a: limitações no acesso ao ambiente, dificuldades em dirigir
atenção para estímulos relevantes, dificuldades na interpretação da informação
e dificuldades na generalização.
Em
relação a abordagem educacional, a pessoa com deficiência múltipla necessita de
um ambiente reativo, isto é, que responda as suas iniciativas. Seu tempo de
resposta deve ser respeitado e as habilidades de fazer escolhas devem estar
dentro de suas atividades programadas.
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